domingo, 1 de março de 2009

O TOMA-LÁ-DÁ-CÁ DO PMDB

Uma das coisas que mais me chamaram a atenção na contundente entrevista do senador Jarbas Vasconcelos(PE), afirmando que boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção, foi o fato de a legenda ter optado por ser coadjuvante nas eleições presidenciais para continuar operando verbas e cargos na esfera federal.
O fenômeno vem ocorrendo no plano local há alguns anos. Começou no âmbito da capital, quando o partido abriu mão de lançar candidaturas próprias desde a última tentativa de Henrique Eduardo eleger-se prefeito de Natal, em 92. De lá para cá, o PMDB dos Alves preferiu compor com candidatos de outras legendas. Já somam quatro eleições sem candidatura própria no principal colégio eleitoral.
Por quê? Porque as eleições em Natal deixaram de interessar suas principais lideranças - o já citado Henrique e o primo Garibaldi Filho -, mais focados nos espaços em Brasília. Depois da derrota de Garibaldi para Wilma de Faria em 2006, o PMDB norte-rio-grandense caminha para perder o interesse na eleição estadual.
Como Garibaldi Filho já descartou a candidatura ao governo daqui a dois anos e Henrique Alves não tem a mínima condição hoje de suceder Wilma, os peemedebistas deverão cerrar fileiras num projeto eleitoral de terceiros. Fala-se muito no apoio a Rosalba Ciarlini (DEM), mas tudo pode acontecer.
O PMDB pode apoiar Robinson Faria, João Maia, Iberê Ferreira ou Carlos Eduardo. Seria leviano afirmar que o PMDB local age com o propósito apontado por Jarbas. Mas, ao abrir mão de candidaturas próprias, o PMDB restringe-se ao jogo do toma-lá-dá-cá, da troca de apoio por cargos e verbas.
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TEXTO:
Jornalista Diógenes Dantas
Portal Nominuto - 28/02/2009
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