terça-feira, 30 de junho de 2009

A POESIA DO DIA

Vô contá como é triste, vê a veíce chegá,
vê os cabêlo caíndo, vê as vista incurtá.
Vê as perna trumbicano, com priguiça de andá.
Vê "aquilo" esmoreceno, sem força prá levantá.
As carne vão sumino, vai parecêno as vêia.
As vista diminuíno e cresceno a sombrancêia.
As coisa vão encurtano, vão aumentano as orêia.
Os ôvo dipindurano e diminuíno a pêia.
A veíce é uma doença que dá em todo cristão:
dói os braço, dói as perna, dói os dedo, dói a mão.
Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o pumão.
Dói o fim do espinhaço, dói a corda do cunhão.
Quando a gente fica véio, tudo no mundo acontece:
vai passando pelas rua e as menina se oferece.
A gente óia tudo, benza Deus e agradece,
correno ligeiro prá casa, procurando o INSS.
No tempo que eu era moço, o sol prá mim briava.
Eu tinha mil namorada, tudo de bão me sobrava.
As menina mais bonita, da cidade eu bolinava.
Eu fazia todo dia, chega o bichim desbotava.
Mas tudo isso passô, faz tempo ficô prá tráis
as coisa que eu fazia, hoje num sô capaiz.
O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz.
Prá falá mesmo a verdade, nem trep... eu trep... mais.
Quando chega os setenta, tudo no mundo embaraça.
Pega a muié, vai pra cama, aparpa, beija e abraça,
porém só faz duas coisa: solta peido e acha graça .
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Enviada por Janduy Azevedo
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Um comentário:

Luciano disse...

Amigo esta é sem dúvida a dificil realidade da vida, pra vc ter uma idéia tem um senhor aqui perto de casa por nome de Sr. Antônio, que tinha uma fama de namorador, onde até jumentas ele passava, hoje em dia aos "70", foi descoberto pelos amigos que estava andando de ré... e quando indagado sobre isso ele respondeu: "Meu fie quando se chega a minha idade, ou pra frente ou pra trás o negócio é tá no jogo..."