José Antonio Areia Filho (Zé Areia) velho barbeiro e vendedor de bugigangas e loterias - por necessidade - e um boêmio e gozador nato - por vocação -, nasceu em Natal no ano de 1901 e faleceu no dia 31 de janeiro de 1972, em uma casinha humilde situada no bairro das Rocas, zona Oeste da capital do nosso Estado.
Foi uma "figuraça".
Foi uma "figuraça".
Pobre com relação a bens materiais e rico de amigos. Principalmente amigos ricos e influentes.
Quando um infarte fulminante o vitimou, o grande mestre Luiz da Câmara Cascudo escreveu:
"A morte de Zé Areia apaga em Natal o derradeiro representante da verve recalcitrante, do espírito da réplica, imediata e feliz, o último contribuinte para o patrimônio esfuziante da improvisação anônima e supreendente".
Pelos proximos dias, este Blog estará postando alguns "causos da verve areiana", para o devido conhecimento daqueles que não tiveram a oprtunidade de conhecer Zé Areia.
Vamos aos "causos".
- SOBRE 69 -
Na saída de um jogo de futebol, um comerciante amigo de Zé Areia, perguntou:
- Zé prá você o que significa sessenta e nove?
Resposta:
- Para mim é um número. Para você é um vício!...
- RESPOSTA MALICIOSA -
Um gaiato passou ao lado de Zé Areia zombando da sua gordura e indagou:
- Zé, quantos quilos você pesa?
Resposta:
- Já te esquecestes?
- PROVOCAÇÃO -
Um escritor afamado (me reservo o direito de não publicar o seu nome), gostava muito de provocar Zé Areia, só prá ouvir as respostas.
Encontrando-o à porta do Café São Luiz, na Cidade Alta, em Natal, foi dizendo:
- Hoje eu estou doido prá ver um côrno.
Zé Areia convidou-o:
Entre aqui no Café. Vou lhe mostrar o maior do mundo.
E, diante do espelho, disse:
- Veja alí. É aquele que está junto de mim!...
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Um comentário:
Zé Areia! O cara mais maneiro do Universo!
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